Não me considero uma profissional da palavra, artista com A maiúsculo. O profissionalismo deriva de um processo constituído de muita técnica, prática e dedicação. Minha preguiça mata. Por isso, não me arvoro grandes importâncias. Faço poesia e componho porque não posso evitar. Compartilho quando consigo. Não trabalho com isso não sei porquê. A obstinação às vezes faz muitas curvas.
Busco uma intenção de poética, uma liberdade de olhares, uma reinvenção do cotidiano. Nasci no Rio de Janeiro e comecei a escrever aos 13 anos. Com a mesma idade, aprendi a tocar violão e fiz minhas primeiras composições. Aos 18 anos publiquei, pela Ibis Libris Editora, o livro de poemas Arquitetura. Não evoluí muito de lá pra cá, mas aprendi que não se deve publicar o que se escreve aos 14 anos.
Por não conseguir suportar o ambiente blasé dos saraus literários cariocas, não ando por aí divulgando minha poesia na Zona Sul nem digo como esse país é quente.
Filha de pai cearense e mãe carioca, migrei de volta para o Nordeste onde procuro aprender outros sotaques, necessários à toda arte. Às vezes, dou canja em festas por aí e publico textos pela internet. Recentemente o poema Adrienne foi publicado pelo site inglês UK Poetry Library e o poema Cidades na coletânea do III Prêmio Literário Cidade Poesia da Associação de Escritores de Bragança Paulista – ASES. Reuni mais de cem composições musicais, cinco livros de poemas, um de contos e um romance, até agora sem rumo e não desengavetados. Formei em História pela Universidade Federal Fluminense, época boa para gramas, fiz mestrado em Estudos Étnicos e Africanos no Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA e brinquei de arte na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV - Parque Lage - por uns tempos. Atualmente não sei onde moro, estou construindo uma cidade imaginária.
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